Notícia
O que deveria ser o comum, tornou-se motivo de comemoração. Cada procedimento concluído era motivo de palmas e celebração nesta quarta-feira (6) na 3ª edição do mutirão de recadastramento do funcionalismo público organizado pelo SindSaúde-SP.
A razão da festa é a dificuldade apresentada pelo sistema imposto pelo governo Tarcísio de Freitas (Republicanos) para a atualização dos dados das trabalhadoras e trabalhadores do estado.
Na terceira edição do encontro, 53% das pessoas que compareceram ao sindicato conseguiram finalizar o cadastro, 20% não obtiveram sucesso e 26% ficaram pendentes em um dia no qual até mesmo um integrante da Coordenadoria de Recursos Humanos do estado buscou ajuda.
Com o prazo final próximo, dia 17 de março, o SindSaúde-SP cobrará que o governo prorrogue a data limite para realização do registro, já que tanto no primeiro quanto no segundo mutirão foram detectados problemas próprios do sistema, conforme explica a Secretária de Atividades Sociais e Culturais do SindSaúde-SP, Valéria Fernandes.
“Identificamos que em muitos casos, trata-se de uma plataforma incompatível com o modelo de celular que as pessoas possuem. Isso é resultado do modelo de governo que temos, que implementa mudanças sem dialogar com quem será afetado, nesse caso, o funcionalismo”, criticou.
Diante de tantos problemas, a dirigente destaca que o sindicato irá cobrar o governo para que o prazo seja prorrogado e que receba um dossiê da entidade com os principais obstáculos identificados. Até o momento, a gestão Tarcísio afirma que não vai ampliar o prazo de recadastramento.
Dificuldades
Sem pessoal preparado pelo governo para dar suporte e com uma plataforma com informações de inconsistências que mesmo quando resolvidas não liberam o cadastramento, o índice de atualização tem sido baixo.
No 1º mutirão, realizado em 28 de fevereiro, houve solução para 34% dos casos. No segundo, o número de sucessos caiu para 25%. Dentre os problemas que impedem a conclusão do procedimento no aplicativo Recad (https://recad.sp.gov.br/) estão a indisponibilidade do acesso à foto na comprovação de vida, a incompatibilidade dos dados registrados com os documentos pessoais e o pior de todos os casos são de trabalhadores que no app sequer aparece o ícone de recadastramento.