Notícia
Em protesto à tentativa de desmonte do serviço público por parte dos governos federal e estadual com a Proposta de Emenda Constitucional (PEC) 32, de 2020, e com o Projeto de Lei Complementar (PLC) 26, de 2021, respectivamente, trabalhadoras e trabalhadores da saúde de todo o estado de São Paulo, organizados pelo SindSaúde-SP, participaram de atos, panfletagens e mobilizações, nesta quarta-feira (18), Dia Nacional de Luta e Paralisações (veja as fotos no final do texto).
Dirigentes do Sindicato estiveram mobilizados ao longo do dia em diversas regiões da cidade e, também, no interior do estado, distribuindo informativos às trabalhadoras e trabalhadores da saúde sobre as propostas que estão tramitando na Câmara dos Deputados (PEC 32) e na Assembleia Legislativa de São Paulo (Alesp). Se forem aprovadas como estão, as propostas vão acabar com direitos do funcionalismo público e prejudicar a eficiência dos serviços públicos voltados à população, como educação e saúde.
Às 15 horas, o ponto alto da manifestação foi na Praça da República, região central da cidade, quando representantes do SinSaúde-SP se uniram aos de outros sindicatos e movimentos sociais, organizados pelas centrais sindicais, entre elas a Central Única dos Trabalhadores (CUT), entidade à qual o SindSaúde-SP é filiado, em um grande protesto.
Retirada de direitos
Caso seja aprovada, a PEC 32 permitirá o fim da estabilidade, o rebaixamento dos salários e o fim da progressão dos trabalhadores e das trabalhadoras do serviço público, entre outras perdas. Além disso, também vai fragilizar o Sistema Único de Saúde (SUS), colocar em risco tratamentos de saúde que estão em andamento, acabar com as pesquisas nacionais em universidades públicas e aumentar a corrupção.
Já o PLC 26, que é a segunda reforma administrativa a ser promovida pelo governo estadual em menos de um ano, pode acabar com as seis faltas abonadas, retirar o direito de receber a licença-prêmio em dinheiro (pecúnia), acabar com o reajuste do adicional de insalubridade e criar uma bonificação de resultados, que pode ser usada como desculpa para não conceder reajustes salariais, sem contar que não será levado em consideração para o cálculo da aposentadoria.
Ações do SindSaúde-SP
Além do ato na capital, houve assembleia dos(as) trabalhadores(as) do Instituto de Assistência Médica ao Servidor Público (Iamspe) e do Hospital Regional de Assis.
Também ocorreu panfletagem no Cais Clemente Ferreira, na cidade de Lins; no Hospital Infantil Cândido Fontoura e no Hospital e Maternidade Leonor Mendes de Barros, ambos na zona leste da capital. Em Presidente Prudente, houve ato unificado de diversos sindicatos, organizados pela CUT, entre eles o SindSaúde-SP.
Clique nos links abaixo para ver as fotos:
Hospital e Maternidade Leonor Mendes de Barros
Hospital Infantil Cândido Fontoura
Mobilização em Presidente Prudente
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