Notícia
O governo do estado de São Paulo mantém a política de acabar com os serviços públicos e trata com desdém trabalhadoras e trabalhadores públicos que estão atuando no Hospital Geral de Taipas (HGT) após o processo de privatização da gestão.
Em assembleia no HGT na última terça-feira (29), o SindSaúde-SP organizou uma comissão para cobrar providências do Instituto de Responsabilidade Social Sírio-Libanês (IRSSL), que atualmente faz gestão do equipamento, e da Secretaria de Estado da Saúde em relação aos problemas no processo de transição.
O SindSaúde-SP solicita que representantes do Sírio e do governo se reúnam com o Sindicato (sendo dirigentes e delegados sindicais de base) e trabalhadores(as) para solucionar questões como a sobrecarga de trabalho, os assédios e uma melhor definição hierárquica.
Os profissionais denunciam também que estão vivendo um clima hostil nesse processo de transição. Sobrecarregados(as) e sendo retirados de suas funções, nas quais muitos atuam há mais de 20 anos, para cobrir outros setores sem funcionários, eles também apontam casos de assédio e muita pressão para dar conta de uma demanda que aumenta a cada dia.
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A IRSSL cortou os plantões extras dos(as) trabalhadores(as) do estado, mas até o momento não conseguiu repor o quadro, o que está afetando a rotina do hospital, que não tem trabalhadores para atuar nos setores.
Segundo as informações que chegaram ao SindSaúde-SP, para “tampar o sol com a peneira”, setores que tem dois profissionais de enfermagem, por exemplo, precisa ceder um deles para cobrir onde não nenhum no plantão.
Todas as demandas foram acolhidas pela presidenta do SindSaúde-SP, Cleonice Ribeiro, pelo diretor da região Oeste I, José Carlos Salvador, e pelo advogado Felipe Anderson Gomes da Silva, do escritório que presta assessoria jurídico ao Sindicato, Aparecido Inácio & Pereira – Advogados Associados.
IMPORTANTE
Diante dessa situação, o SindSaúde-SP orienta que os(as) profissionais não se neguem a atuar em outros setores, principalmente, se estiver dentro do rol de atividades, contudo, que notifique ao Sindicato essas situações, pois a assessoria jurídica verificará as medidas cabíveis.
Termo de anuência
De acordo com informações da mesa de negociação com a Coordenadoria de Recursos Humanos (CRH), os(as) trabalhadores(as) não são obrigados(as) a assinar o termo de anuência ou de ciência para permanecer no HGT. O SindSaúde-SP irá cobrar esclarecimento sobre os boatos em relação à permanência ou não de quem não assinar o termo ainda este ano, pois essa informação não condiz com o que foi negociado até o momento.
O SindSaúde-SP é contra o processo de entrega da saúde pública para o setor privado, pois entende que não é a mudança no modelo de gestão que irá resolver problemas de falta de investimento no setor e sim uma política pública de saúde, com financiamento adequado; que tenha como objetivo a valorização da promoção, proteção e prevenção de agravos individuais e coletivos, enxergando a população em seu contexto social e cultural; e que pense não só no usuário, mas também no profissional que está prestando atendimento e atua diariamente no Sistema Único de Saúde (SUS).
Acompanhe nosso site e redes sociais para saber mais sobre o andamento dessa negociação.
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